domingo, 10 de junho de 2012

Onde o Linux perde feio para Windows


Por: Xerxes Lins

Parte 1

Introdução

Não tenho o objetivo de diminuir o Linux perante o Windows. Mas a verdade é que há características no Linux que são ruins se comparadas ao Windows. Negar esse fato não é bom, pois pode criar a ilusão de que o Linux é um sistema perfeito. Todo mundo com o mínimo de bom senso sabe que um sistema operacional é mais ou menos útil, melhor ou pior, dependendo do que se faz com ele e do que ele disponibiliza para os usuários e suas necessidades. Tendo isso em mente, vamos em frente.

Bem, muito se tem falado das maravilhas do Linux. Segurança e baixo custo com certeza são pontos fortes. Porém, não adianta dizer para o usuário iniciante, que sempre usou Windows, e que pretende experimentar o Linux, que o Linux é melhor que o Windows! Temos que ser honestos. A verdade é que há pontos fortes e fracos no Linux em comparação com o Windows. Este artigo se concentra nos pontos fracos. Por quê? Isso iria desestimular o uso do Linux? Sinceramente, não creio nisso.

O Linux tem características de sobra para continuar a se popularizar. Uma busca no Google por “why linux is better than windows” deve retornar vários bons resultados. Acontece que alguém precisa abrir o jogo para os usuários iniciantes, caso contrário pode ser que eles se decepcionem.

Muitos usuários de Linux sabem das coisas que estão descritas aqui, mas preferem não falar. Nós, usuários Linux, muitas vezes desejamos que o usuário Windows venha para o Linux, experimente o Linux, mas também seria bom prepará-los para contornar algumas dificuldades.

Primeiro ponto fraco: JOGOS

A situação dos jogos no Linux já foi bem pior, acredite. Hoje há muitos emuladores, joguinhos simples e alguns pouquíssimos jogos comerciais de alta qualidade, mas ainda deixa muito a desejar nessa área. Por mais que o usuário Linux busque, não encontrará grande quantidade de jogos como há para Windows, que neste ponto é imbatível. Se você é gamer, Linux dificilmente será atraente para você. A menos, é claro, que você não use Linux para jogar e tenha um vídeo game para diversão.

Essa situação, no Linux, pode ser parcialmente contornada usando Wine, um programa que permite instalar e fazer funcionar jogos e programas do Windows no Linux. Porém, ele NÃO garante o funcionamento do jogo. Muitos problemas podem aparecer e a página oficial do Wine tem vários tópicos sobre problemas com softwares que não funcionam direito. Isso é uma verdade. Outras vezes a instalação não é tão trivial, mesmo usando Wine.

O que dizer dos jogadores esporádicos? Bem, se você for do tipo que joga para passar o tempo e não sente necessidade de brincar com os melhores e mais novos jogos para PC, a falta de jogos não irá te afetar. Além disso, nos dias de hoje há vários jogos on-line disponibilizados, por exemplo, na Ghrome Webstore.

Segundo ponto fraco: SUÍTE DE ESCRITÓRIO

Qual é o melhor, mais usado, mais completo e famoso pacote de ferramentas para escritório do mundo? Microsoft Office! O Linux não tem isso. Significa que o usuário Linux não tem uma suíte de escritório? De forma alguma. Na verdade existem vários programas para Linux. Dentre eles se destaca o LibreOffice, o mais famoso no mundo dos softwares livres.

Muito do que se faz no MS Office, pode ser feito no LibreOffice, muito mesmo. Ainda ssim, a suíte de escritório padrão do Windows leva vantagem por ter ferramentas bem mais completas (se bem que para o usuário comum talvez não faça diferença) e por ser mais popular.

Um dos problemas existentes com o Linux é que a compatibilidade dos documentos criados no MS Office não é 100% garantida no LibreOffice. Sim, eu sei que o LibreOffice teoricamente suporta formatos do MS Office, mas caso o usuário abra no Linux um documento criado pelo Excel ou Word, coisas estranhas PODEM acontecer como desconfiguração de tabelas e fontes. Isso acontece mesmo sendo fato que o LibreOffice trabalha com documentos que tem as extensões do MS Office. Mas também pode não acontecer. Depende do tipo e da quantidade de informações contidas no documento.

A melhor coisa é começar um documento no LibreOffice e ir até o fim no LibreOffice mesmo. Ficar alternando o mesmo documento entre MS Office e LibreOffice não costuma resultar em coisas boas.

Terceiro ponto fraco: QUANTIDADE DE PROGRAMAS

Na distribuição Linux Mint, ao abrir o gerenciador de programas, há um aviso que diz existir quase 60 mil programas disponíveis! Isso é muito? Depende. Com certeza é o suficiente para a maioria dos usuários Linux, mas há algo a ser considerado: quase sempre um programa com licença livre está disponível não só para Linux, mas também para Windows, enquanto que nem sempre um programa para Windows está disponível também para Linux.

Além disso, muitas vezes os programas são lançados primeiramente para Windows e depois de um bom tempo é lançado para Linux, como foi o caso do navegador Google Chrome. Para contornar esse problema existe o site alternativeto.net que mostra aplicativos alternativos para Linux referente a algum programa que só existe para Windows.

Muitos programas famosos como editores de imagens e de design e outros softwares comerciais de destaque no meio profissional, que são padrão no mercado, dificilmente possuem versão para Linux, obrigando os profissionais qualificados a não usarem Linux ou se especializarem em softwares menos completos, embora sejam de licença livres. 

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