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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Teletransporte quântico bate recorde de distância

Teletransporte espacial



Cientistas chineses detonaram o recorde mundial de teletransporte quântico.
E, segundo eles, o próximo passo é o espaço.
Quando dois fótons são criados juntos, eles nascem realmente gêmeos, compartilhando propriedades que ficam compartilhadas mesmo quando os dois se separam.
É o fenômeno chamado entrelaçamento, que Einstein chamou de ação fantasmagórica à distância: normalmente se diz que o que acontecer a uma das partículas entrelaçadas afetará imediatamente a outra, mesmo que ela esteja do outro lado da galáxia.
Ainda não dá para ir do outro lado da galáxia, mas Juan Yin e seus colegas da Universidade de Ciência e Tecnologia da China teletransportaram um estado quântico por uma distância de 97 quilômetros - o recorde anterior era de 16 km.
E eles não se deram por satisfeitos: o próximo passo, segundo eles, será fazer um teletransporte quântico global, usando satélites artificiais.
Mais "tele" do que transporte
Embora cientistas já tenham alegado ter teletransportado até moléculas de DNA, no teletransporte quântico não há rigorosamente "transporte".
Depois de entrelaçados, os fótons são enviados, um para um ponto A e outro para um ponto B. Quando o fóton em A é alterado, o fóton em B também se altera, devido ao entrelaçamento.
Ou seja, os fótons não viajam um para a posição do outro, o que viaja é a informação - o que os cientistas chamam de estado quântico.
A alteração nos fótons pode ser usada para codificar bits quânticos, ou qubits.
É isso o que torna o teletransporte particularmente interessante para a transmissão segura de informações, já que não haverá fóton pelo caminho para ser interceptado.
Para isso, contudo, será necessário acelerar um pouco as coisas: no estágio atual, o experimento consegue teletransportar cinco qubits por minuto.
A propósito, a informação só pode ser totalmente reconstruída no ponto B usando dados adicionais transmitidos por métodos convencionais a partir do ponto A - ou seja, a informação não viaja mais rápido do que a luz.
Assim, o teletransporte quântico pode aumentar a segurança da informação, mas não sua velocidade.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Teletransporte quântico é realizado no Japão


Cientistas japoneses anunciam que, pela primeira vez, conseguiram transmitir uma imagem numa rede de comunicação pelo processo conhecido como teletransporte quântico

No laboratório, os cientistas japoneses conseguiram transmitir a imagem de um gato codificado em qubits, os bits quânticos

São Paulo — Um novo marco na comunicação quântica foi atingido na semana passada, quando pesquisadores japoneses anunciaram o primeiro teletransporte quântico de um conjunto complexo de informações. O teletransporte é a transferência via luz de informação quântica de um local a outro, uma forma poderosa de representar e processar informação que é a base da computação quântica.
Até agora, as tentativas de teletransporte não haviam sido muito bem sucedidas. Ou operação era muito lenta ou alterava a informação enviada, fazendo com que alguns detalhes fossem perdidos. Para efeito de comparação, seria o equivalente à tripulação do Star Trek chegar a um planeta sem um braço, ou com ele colado à orelha.
No caso do teletransporte feito pela equipe liderada pelo professor Akira Furusawa, da Universidade de Tóquio, não foram enviados objetos e nem pessoas, mas informações. Os pesquiadores conseguiram, pela primeira vez, enviar um pacote de dados complexos por uma rede quântica. Os dados representavam o famoso gato de Schrodinger, criado no início do século 20 pelo físico Erwin Schrodinger para descrever a situação na qual um objeto normal, clássico, pode existir em uma sobreposição quântica, tendo dois estados de uma vez.
Quantificando
A memória de um computador comum, binário, funciona em bits – cada um deles representando um “um” ou um “zero”. Ele opera com os chamados chaveamentos excludentes, do tipo sim ou não. Já um computador quântico usa os chamados qubits, onde os estados não são mutuamente excludentes. Cada qubit pode representar “um”, “zero” ou estar nos dois estados ao mesmo tempo.
Para entender a diferença, imagine um labirinto repleto de bifurcações. No computador binário você só poderia escolher um caminho em cada bifurcação. Se chegasse a um ponto sem saída, teria de voltar ao começo e repetir a operação, escolhendo outras opções, uma de cada vez. Já no computador quântico seria possível entrar nas duas opções da bifurcação ao mesmo tempo. Repetindo isso em sucessivas bifurcações, uma das combinações de alternativas acabaria chegando à saída, e todos os caminhos teriam sido percorridos.
Com o desenvolvimento do teletransporte quântico, se torna possível mover blocos de informação num computador de forma mais rápida, abrindo caminho para a computação quântica. O feito também reforça a possibilidade de construção de redes de transmissão de dados mais velozes com base nessa tecnologia. Os feitos da equipe do professor Furusawa foram publicados na revista científica Science.