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domingo, 3 de junho de 2012

Física quântica garante computação em nuvem totalmente segura


Nuvem da computação quântica
Cientistas conseguiram combinar o poder da computação quântica com a segurança da criptografia quântica.
O feito não apenas significa que é possível criar nuvens de computaçãototalmente seguras, como também será possível gerar níveis de segurança impensáveis hoje.
Por exemplo, imagine que você tenha criado um programa para um computador quântico e, por um golpe de sorte, fica sabendo que uma empresa acaba de criar o primeiro computador quântico do mundo.
Mas você não conhece a empresa - e, portanto, não confia nela - e nem tampouco a empresa conhece você - e, portanto não confia em você.
Nesse mundo de desconfianças, você acha que, se entregar seu código quântico, a empresa poderá copiá-lo. Ao mesmo tempo, a empresa desconfia que você pode ser um espião querendo roubar seu projeto.
É aqui que entra a inovação, criada por uma equipe da Universidade de Viena, na Áustria, e que dá uma solução segura para você e para a empresa.
Computação quântica cega
A solução chama-se "computação quântica cega", um tipo de computação infinitamente mais seguro do que qualquer coisa existente no mundo dos computadores clássicos.
O protocolo manipula bits quânticos (qubits) individuais, um processo que se baseia em duas características estranhas, mas fundamentais, da física quântica: a aleatoriedade das medições quânticas e oentrelaçamento quântico, a famosa ação fantasmagórica à distância de Einstein.

O primeiro passo é dado pelo usuário, que deve enviar seus dados para o computador quântico de um terceiro. Ele faz isto preparando os qubits em um estado que apenas ele conhece.
Os cientistas fizeram isto usando fótons, ou "partículas de luz", para codificar os dados, forçando um processador quântico experimental a entrelaçar os qubits de uma forma que é impossível decifrá-los.
A seguir eles os enviaram para um "servidor quântico", onde as computações são feitas - o servidor quântico é o computador da empresa desconfiada onde será rodado o seu programa quântico.
O segundo passo também é dado pelo usuário, que deve preparar o programa para rodar sobre seus dados, contidos nos qubits, e também enviá-lo para o computador - neste experimento, a "computação" consistiu meramente na leitura dos qubits.
Os cientistas fizeram isto criando as instruções de medição para o estado particular de cada qubit - o equivalente ao programa a ser rodado - e também enviaram as instruções para o servidor quântico.
Segurança absoluta
Finalmente, depois que o programa roda, os resultados são enviados de volta para o usuário, o único que sabe como interpretá-lo, podendo então ver os resultados.
Ou seja, os dados de entrada, o processamento desses dados e os resultados, tudo permanece absolutamente desconhecido para o próprio computador quântico que faz os cálculos - daí o termo computação quântica cega.
Mesmo que o operador do computador quântico, ou um espião no meio do caminho, tente ler os qubits, ele não entenderá nada porque não saberá o estado inicial dos qubits.
Além do mundo clássico
Stefanie Barz e seus colegas afirmam que o aparato experimental é um feito crucial para a construção de redes de computadores quânticos absolutamente confiáveis e à prova de espionagem.
De fato, um sistema de computação em nuvem funcionando com base nesse princípio seria absolutamente confiável do ponto de vista de todos os utilizadores, uma vez que não haveria forma de os provedores lerem as informações que estão sendo processadas, e nem mesmo o programa que as está processando.
Os dados dos usuários permanecem inteiramente privados, uma vez que o servidor quântico não tem meios para saber o que ele próprio está fazendo, uma funcionalidade que não pode ser obtida no mundo clássico.
Embora este experimento represente um marco no desenvolvimento da computação e da criptografia quânticas, a disponibilidade prática de um sistema totalmente quântico de computação em nuvem está a anos de ser realizado.
Todo o aparato experimental é bastante rudimentar do ponto de vista de um processamento prático, usando poucos qubits, e em um ambiente supercontrolado de laboratório.


quarta-feira, 9 de maio de 2012

Cloud Computing: sabe o que é isso? E o que você tem guardado na nuvem?


Cloud Computing: sabe o que é isso? E o que você tem guardado na nuvem?

Leitores contam que tipo de documentos eles têm armazenado na nuvem e em quais ocasiões a cloud computing é necessária


Uma pesquisa divulgada em 2011 pelo NPD Group mostrou que apenas 22% dos norte-americanos sabem o que significa o termo "computação na nuvem", porém, destes entrevistados, 76% já tinham usado a tecnologia. Isso porque, apesar do termo ser ligeiramente complicado, o serviço é simples de entender e já tem muita gente usando sem nem saber do que se trata.

Os serviços de webmail, por exemplo, funcionam dentro do princípio da cloud computing, pois aquelas mensagens não estão armazenadas localmente: elas estão na chamada "nuvem", ou seja, em um servidor que está localizado em algum lugar do mundo, e que pode ser acessado via web. Além dos emails, existem alguns serviços específicos de armazenamento como Dropbox, Skydrive, Google Drive (recém-lançado) e iCloud, que permitem que você faça pastas de fotos, músicas, vídeos e quaisquer outros arquivos e os deixe guardados na "nuvem", sem ocupar espaço na sua máquina.

De acordo com o Google Brasil, existem duas características básicas para definir a computação em nuvem. Primeiro: os aplicativos são acessados pelo navegador e o usuário não precisa ter o programa instalado no computador, apenas o browser. Segundo: os dados ficam hospedados em uma infraestrutura que está invisível para os usuários (servidores).

Como este conceito já está amplamente sendo usado, mesmo sem o conhecimento das pessoas, resolvemos descobrir que tipo de dados está sendo armazenado na nuvem. Em um bate-papo com alguns leitores, descobrimos que um dos campões são os trabalhos de faculdade. Este tipo de arquivo tem sido guardado na nuvem porque a maioria dos serviços de cloud oferece um link público do documento armazenado, que pode ser compartilhado com outras pessoas. Assim, estudantes como Igor Oliveira e Rafael Aguiar, podem realizar trabalhos colaborativos mesmo que virtualmente. "Eu publico um texto lá e compartilho com o meu grupo, que pode ler e editar. Assim, todos podem trabalhar em conjunto", conta Rafael. 

Já o leitor Jackson Luiz de Marco conta que substituiu o pendrive por um serviço gratuito de cloud de 5GB. Ou seja, ele armazena na nuvem aqueles documentos eventuais que precisam ser acessados em determinados momentos. Além disso, ele também usa o espaço na nuvem quando formata seu computador e quer ter certeza de que não vai perder nada. O mesmo acontece com Rafael Timbó, que diz usar o Dropbox como backup de documentos importantes.

Outro uso bastante comum entre os internautas é o armazenamento de comprovantes de pagamentos e planilhas. Alguns casais, como Roberto e Juliana Alves, compartilham na nuvem os gastos da casa, carros e outros documentos como contas de água, luz, telefone e internet. "Me sinto mais seguro, armazenando tudo na nuvem e ainda podendo compartilhar com a minha mulher. Meu computador pode ser roubado, pode dar problema e eu perderia todos os meus dados", comenta. Por este mesmo motivo, João Paulo Mesquita, desenvolvedor, armazena tudo no Google Drive como vídeos pessoais, fotos e documentos. E diz que, apesar da polêmica dos paranoicos sobre privacidade, ele acredita que o Google jamais iria expor todos os seus arquivos. "Sei que todos os meus dados e lembranças estarão a salvo e ao alcance de uns poucos cliques", conclui.

Com esta onda de serviços de cloud computing, o instituto de pesquisa Gartner acredita que os dados armazenados localmente em computadores pessoais estão com os dias contados. Segundo um estudo publicado pela empresa, em 2014 estes dados serão ultrapassados pela computação em nuvem. A tecnologia, que amadureceu nos últimos anos, vai ser adotada em massa daqui para frente até substituir a experiência da computação pessoal.

Segundo o vice-presidente de pesquisa do Gartner, Steve Kleynhans, esta era que muitos chamam de "pós-PC", não tem a ver com o fato de ser "depois do PC", mas sim com o fato de que nascerá um novo estilo de computação pessoal, que dá maior liberdade aos indivíduos na utilização dos dispositivos e que melhora a vida pessoal dos internautas. Apesar disso, é importante entender que há um certo risco em colocar suas informações da rede. Primeiro porque as empresas responsáveis pelo serviço têm acesso aos seus dados e, segundo, que os sites não estão livres de ataques. O ideal é evitar armazenar na nuvem senhas de bancos, cartões de crédito ou mesmo de emails.

Quer contribuir com a matéria? Conte pra gente que arquivos você tem guardado na nuvem e como tem sido sua experiência com este tipo de serviço. Caso você ainda não seja um usuário, mas gostou da forma como a cloud computing pode ser utilizada, não deixe de conferir o programa Olhar Digital no domingo (20/05), às 15h45, na Rede TV!. Preparamos um comparativo entre os principais serviços gratuitos para você descobrir qual deles atende melhor as suas necessidades. E para conhecer um pouco mais sobre o Google Drive, o mais recente serviço de cloud da internet, clique aqui.