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segunda-feira, 4 de junho de 2012

O que há por trás do problema da pirataria online?


De uma hora para outra, tornou-se um dos assuntos mais comentados do mundo. Justamente porque mexe, a princípio, com estruturas básicas do funcionamento da internet atual. Os projetos de lei SOPA (Stop Online Piracy Act) e PIPA (Protect IP Act), que estavam em discussão no Congresso dos EUA e foram arquivados, sugeriam uma série de restrições a usuários e empresas para basicamente combater um problema: a pirataria online. Mas por que a situação chegou a esse ponto?
Muitos defendem que estes projetos de lei são exagerados. Embora não houvesse nenhuma evidência de que a sociedade americana e mundial estivesse sofrendo danos muito grandes devido ao sistema com o qual hoje se fazem downloads, tais leis, se colocadas em vigor, devem limitar em muito a possibilidade de baixar arquivos na rede mundial.
Os defensores das leis alegam que o modo como a pirataria online acontece hoje fere economicamente os detentores de direitos autorais. Cada download não autorizado, segundo eles, representa uma venda a menos de sua propriedade intelectual. Isso nem sempre é verdade, já que geralmente o preço do produto original é abusivo devido a impostos, e o consumidor não o compraria de qualquer maneira.
Matthew Yglesia, autor de um artigo para o New Scientist, vai ainda mais longe: ele explica que a pirataria primariamente ilegal é benéfica, porque obriga a indústria do entretenimento a encontrar opções legais e mais justas para a população.
Ele dá o exemplo da rede de TV britânica BBC, que produz o programa Sherlock e não o disponibiliza a um preço razoável para clientes dos EUA. Logo, eles são forçados a baixar de maneira ilegal. Essa concorrência entre o download ilegal e a compra legal, segundo ele, forçou a indústria a criar opções como o iTunes e o Hulu: dentro da legalidade, mas sem desrespeitar os direitos do consumidor.
Por fim, o colunista explica que não propõe que a pirataria online, ilegal, seja feita sem punições aos infratores. Mas ele acredita que o modo como a indústria do entretenimento atua, hoje em dia, não visa nem aos interesses nem aos dos consumidores, e sim aos seus próprios interesses. Esta lógica, segundo ele, precisa mudar para que haja justiça envolvendo toda essa questão. [New Scientist]
By http://hypescience.com